O que as marcas Zoomp, Forum, Divina Decadência, Yes Brasil, Huis Clos, Gloria Coelho, Maria Bonita e Soft Machine têm em comum? Além de serem marcas de grande valor no cenário fashion brasileiro, tiveram seus logotipos - e outros materiais - criados pelo mesmo artista, o mineiro G. Comini.
G. começou seu trabalho como designer gráfico em Belo Horizonte, nos anos 1970, quando a moda brasileira dava seus primeiros passos. O reconhecimento de seu trabalho – e sua criatividade – logo chegou ao Rio de Janeiro e São Paulo.
Seu trabalho como designer gráfico – o primeiro no Brasil dedicado exclusivamente à moda - desenvolvia todo tipo de peça gráfica para comunicação visual e publicidade. G.Comini atuava como diretor de arte, criava estamparias, ilustrações, logotipos, etiquetas, tags, embalagens etc, sem utilizar qualquer recurso de computação gráfica.
O trabalho do jovem vanguardista chamou a atenção do estilista Renato Kherlakian, que o contratou para abrir na Zoomp o primeiro atelier de programação visual de uma empresa de moda, em São Paulo. Desta época, algumas imagens ficaram na memória de fashionistas, como a forma final do raio da Zoomp, estampas vanguardistas e publicidades com ilustrações feitas à mão.
Depois de dois anos trabalhando com exclusividade para a Zoomp, Comini abriu seu próprio escritório, em São Paulo, trabalhando para grandes marcas, que assumiam o controle da moda nacional nos anos 1980 – Forum, Equilíbrio, Huis Clos, Gloria Coelho, Boat, Varal, Divina Decadência, além dos extintos Grupo Mineiro de Moda e Grupo Paulista de Moda, entre outras.
No auge de seu trabalho, G.Comini decidiu retirar-se do mercado e passou por um período sabático que durou 16 anos. Durante todos esses anos, Comini decidiu dedicar-se integralmente às artes plásticas. Foi por acaso que o artista descobriu, no spa de um hotel, sua mais nova paixão – e habilidade – artística: a colagem.
Como tudo que faz, Comini passou a se dedicar quase que compulsivamente ao novo projeto. Para não se perder, colocou alguns limites para seguir com suas criações, entre eles, o de que usaria apenas recortes de revistas e papéis de presente para trabalhar. Detalhista e perfeccionista, não demorou muito para que suas exigências aumentassem e ele passou a utilizar ferramentas cada vez mais sofisticadas – lupa de joalheiro, tesoura cirúrgica, bisturis cirúrgicos e pinças cirúrgicas. Uma coisa não mudou nesse processo de descobrimento e criação: o spa. A mesinha ao lado da descansadeira foi transformada em mesa de trabalho e o locker de academia virou arquivo.
As colagens de G.Comini são minuciosas, simétricas, coloridas, profundas. Em 16 anos, o artista produziu cerca de 150 trabalhos – algumas colagens levaram mais de um mês para serem concluídas. Cada uma das colagens do artista tem história própria, que pode ser decifrada através do título da obra.
Após esses longos anos de clausura espontânea, G.Comini decidiu voltar à cena artística e mostrar o resultado de tanta dedicação. O artista está em conversação com uma editora para lançar um livro com algumas de suas obras e um pouco de sua filosofia de vida.
A nova geração fashionista conhece, sem saber, o trabalho do artista – não faz ideia de que símbolos importantes da moda brasileira foram criados por ele. Símbolos que marcaram décadas e que falam por si só – ou é preciso escrever Zoomp embaixo do raio que eternizou a marca? Aliás, eternizar é palavra de ordem na vida de G.Comini. Como ele mesmo diz, “seu trabalho de colagem é a redenção do descartável, a eternização e glória do descartado, do lixo”.
Exposição In Between by G Comini @ Hotel Renaissance
Data: 24 de outubro a 24 de dezembro/13
Alameda Santos, 2233 - Lounge Térreo - Jardins
Entrada franca
Informações para a imprensa
Jornalismo: Fátima Lopez / Tel. (11) 3896-3416 / email: fatima@duopress.com.br
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| A nave |
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| Amen |
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| Candida est |
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| Estrela guia |
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| Orgulho e Vaidade Imagens: Divulgação |
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